E como hoje é Sábado de Aleluia, aqui vai uma breve estória sobre o ato, já tradicional, de roubar galinhas, patos, periquitos, papagaios, etc...
Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa um certo dia, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:
"Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada." E o ladrão, confuso, diz:
"Dotô, eu levo ou deixo os pato?"
sábado, 3 de abril de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
BOA NOTÍCIA
Outro dia um amigo comentou um texto que escreví e me sugeriu criar um blog pra falar das coisas boas de Guajará. Resolvi então aproveitar este aqui mesmo!!
Vamos lá, então! Guajará tem o melhor Festival de Verão do vale do Juruá; tem povo hospitaleiro e tem crescido muito nestes últimos anos. Ah! e ainda tem, de tempos em tempos (principalmente em ano eleitoral como agora), um governador "bondoso" que distribui implementos agrícolas por aqui.
O interessante porém é que parece que aqui só moram agricultores e pescadores, nada contra essas duas classes de trabalhadores dignos, mais onde estão os incentivos aos estudantes, as bibliotecas, os laboratórios de informática, a qualificação de professores, o luz para todos...????
Porém o que mais tem causado burburinho na cidade é o Processo Seletivo da Prefeitura Municipal.
Pois é, depois de tanto tempo a Prefeitura resolveu fazer um processo seletivo, mesmo que provisório, mais ao menos já é um processo, ao menos ja se vai ter concorrência e não será só por QI(neste caso entenda-se "Quem Indica). Sinceramente espero que tudo corra bem, tanto pra prefeitura quanto pro nosso povo, calejado e desgastado!
Abraços a todos!!
Vamos lá, então! Guajará tem o melhor Festival de Verão do vale do Juruá; tem povo hospitaleiro e tem crescido muito nestes últimos anos. Ah! e ainda tem, de tempos em tempos (principalmente em ano eleitoral como agora), um governador "bondoso" que distribui implementos agrícolas por aqui.
O interessante porém é que parece que aqui só moram agricultores e pescadores, nada contra essas duas classes de trabalhadores dignos, mais onde estão os incentivos aos estudantes, as bibliotecas, os laboratórios de informática, a qualificação de professores, o luz para todos...????
Porém o que mais tem causado burburinho na cidade é o Processo Seletivo da Prefeitura Municipal.
Pois é, depois de tanto tempo a Prefeitura resolveu fazer um processo seletivo, mesmo que provisório, mais ao menos já é um processo, ao menos ja se vai ter concorrência e não será só por QI(neste caso entenda-se "Quem Indica). Sinceramente espero que tudo corra bem, tanto pra prefeitura quanto pro nosso povo, calejado e desgastado!
Abraços a todos!!
quarta-feira, 3 de março de 2010
E ASSIM ACONTECE EM GUAJARÁ
Às vezes cheguei a ficar com raiva quando algumas pessoas chamavam Guajará de "Terra sem Lei", porém, de uns tempos pra cá passei a ouvir essa frase até com um certo ar de piada.
Sim, vamos aos fatos então! Antes não se tinha lei, hoje já tem lei demais.
Vejamos o exemplo: antigamente não de utilizava capacete, e eu como morador daqui, também não utilizava. Aconteceram alguns acidentes e eu concordei que este item é de fundamental importância pra se manter a integridade e a vida. Até aí tudo bem!
O problema é que de alguns tempos pra cá Guajará tem tido lei demais e, atentem para este fato, muitas delas nem escritas estão, ou nunca foram votas pelos veradores, nem pelos deputados, nem pelos senadores, muito menos sancionadas por prefeitos, governador e presidente.
O primeiro caso nos remete a aproximadamente 1 ano atras, quando começaram a proibir a livre escolha da diversão por parte do cidadãos, elaborando um calendário de festas para os clubes da cidade (Vejam só! Clube particular agora tinha que obedecer calendário de festa feito pela prefeitura!). O tempo passou e essa lei, assim como várias outras foi esquecida, graças a Deus!
O problema agora está por conta do trânsito. O uso do capacete foi adotado, até aí tudo bem! Mais fazer blitz, usando diarista da prefeitura que trabalha na segurança do município, para solicitar CNH e documentação de veículo, aí essa ja é demais.
Primeiro porque o cidadão que dirige é quem tem que dizer ao que está abordando onde está escrito a validade de sua CNH. Segundo porque em Guajará não existe órgão e nem autoridade de trânsito, nem municipal, nem estadual, então como os cidadãos vão proceder para documentar seus veículos e retirar CNH. Terceiro porque alguns dos policiais que participam das blitz não possuem habilitação. Aí está o interessante, quando apreendem um veículo, o policial, sem habilitação, conduz o mesmo até o pátio da delegacia. Não estaria este também infringindo o código de trânsito? Não deveria ele tambem ser abordado pelo fato de estar conduzindo um veículo que não é seu e ainda sem domentação e sem CNH? Ou só porque ele é policial pode?! Vai ver aqui pode tudo! (risos)! Ah! e ainda tem o mais interessante! Segundo o chefe da delegacia, se um condutor passar dez vezes em uma mesma blitz ele tem que ser abordado todas as dez vezes. Será possível que na segunda ou terceira vez a autoridade já não o estaria conhecendo? Ainda mais em Guajará, onde todos se conhecem!
E aí, agora é ou não é lei demais! Saimos de um extremo a outro!
Saimos de "Terra sem Lei" à "Terra do autoritarismo". E o delegado ainda disse em entrevista a um jornal de Cruzeiro do Sul (cuidado cruzeirenses, estão de olho em vocês!) que os causadores de problemas só vêm de Cruzeiro do Sul. E os menores que dirigem? e a turma da Pop100? Mais isso é assunto pra outro texto.
Até mais!!
(Se alguem quiser acompanhar a entrevista do delegado é só acessar o seguinte endereço: www.tribunadojurua.com
Sim, vamos aos fatos então! Antes não se tinha lei, hoje já tem lei demais.
Vejamos o exemplo: antigamente não de utilizava capacete, e eu como morador daqui, também não utilizava. Aconteceram alguns acidentes e eu concordei que este item é de fundamental importância pra se manter a integridade e a vida. Até aí tudo bem!
O problema é que de alguns tempos pra cá Guajará tem tido lei demais e, atentem para este fato, muitas delas nem escritas estão, ou nunca foram votas pelos veradores, nem pelos deputados, nem pelos senadores, muito menos sancionadas por prefeitos, governador e presidente.
O primeiro caso nos remete a aproximadamente 1 ano atras, quando começaram a proibir a livre escolha da diversão por parte do cidadãos, elaborando um calendário de festas para os clubes da cidade (Vejam só! Clube particular agora tinha que obedecer calendário de festa feito pela prefeitura!). O tempo passou e essa lei, assim como várias outras foi esquecida, graças a Deus!
O problema agora está por conta do trânsito. O uso do capacete foi adotado, até aí tudo bem! Mais fazer blitz, usando diarista da prefeitura que trabalha na segurança do município, para solicitar CNH e documentação de veículo, aí essa ja é demais.
Primeiro porque o cidadão que dirige é quem tem que dizer ao que está abordando onde está escrito a validade de sua CNH. Segundo porque em Guajará não existe órgão e nem autoridade de trânsito, nem municipal, nem estadual, então como os cidadãos vão proceder para documentar seus veículos e retirar CNH. Terceiro porque alguns dos policiais que participam das blitz não possuem habilitação. Aí está o interessante, quando apreendem um veículo, o policial, sem habilitação, conduz o mesmo até o pátio da delegacia. Não estaria este também infringindo o código de trânsito? Não deveria ele tambem ser abordado pelo fato de estar conduzindo um veículo que não é seu e ainda sem domentação e sem CNH? Ou só porque ele é policial pode?! Vai ver aqui pode tudo! (risos)! Ah! e ainda tem o mais interessante! Segundo o chefe da delegacia, se um condutor passar dez vezes em uma mesma blitz ele tem que ser abordado todas as dez vezes. Será possível que na segunda ou terceira vez a autoridade já não o estaria conhecendo? Ainda mais em Guajará, onde todos se conhecem!
E aí, agora é ou não é lei demais! Saimos de um extremo a outro!
Saimos de "Terra sem Lei" à "Terra do autoritarismo". E o delegado ainda disse em entrevista a um jornal de Cruzeiro do Sul (cuidado cruzeirenses, estão de olho em vocês!) que os causadores de problemas só vêm de Cruzeiro do Sul. E os menores que dirigem? e a turma da Pop100? Mais isso é assunto pra outro texto.
Até mais!!
(Se alguem quiser acompanhar a entrevista do delegado é só acessar o seguinte endereço: www.tribunadojurua.com
segunda-feira, 1 de março de 2010
E pra não falar só de coisa séria, para não parecer chato, aqui vai um texto interessante de um escritor chamado Arnaldo Jabor, uns o amam, outros o odeiam, eu particularmente to me lichando, mais o texto é muito interessante, vale a pena conferir...
Crônica do amor
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa! Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados!
Não funciona assim!
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
Crônica do amor
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa! Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados!
Não funciona assim!
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
FIM DOS TERRORISTAS DO LIXO
Hoje, na faculdade, tivemos uma notícia de encher os ouvidos: finalmente a festa dos terroristas do lixo vai acabar em Guajará.
Segundo o secretário de Meio Ambiente do município, houve uma pressão por parte do executivo municipal para que atitudes sejam tomadas, no intuito de retirar as montanhas de lixo que se acumulam nas ruas. Outrora fazendo lembrar das ruas do devastado Haiti (perdoem a comparação).
Na entrada da rua que dá acesso a casa deste humilde cronista, existe quantidade tal de lixo que envergonha qualquer vivente. Ainda bem que a partir de agora vai mudar.
Não podemos esquecer porém do destino final dado as centenas de quilos de entulho jogado nas ruas diariamente.
Cuidem-se aqueles que jogam lixo nas ruas na surdina da noite e aqueles que abarrotam as ruas com galhos de árvores...Cuidado...
Segundo o secretário de Meio Ambiente do município, houve uma pressão por parte do executivo municipal para que atitudes sejam tomadas, no intuito de retirar as montanhas de lixo que se acumulam nas ruas. Outrora fazendo lembrar das ruas do devastado Haiti (perdoem a comparação).
Na entrada da rua que dá acesso a casa deste humilde cronista, existe quantidade tal de lixo que envergonha qualquer vivente. Ainda bem que a partir de agora vai mudar.
Não podemos esquecer porém do destino final dado as centenas de quilos de entulho jogado nas ruas diariamente.
Cuidem-se aqueles que jogam lixo nas ruas na surdina da noite e aqueles que abarrotam as ruas com galhos de árvores...Cuidado...
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
HISTORIOGRAFIA DA HISTÓRIA
O estudo da História tem se mostrado imprescindível para o desenvolvimento da raça humana e tem sido base de importantes tomadas de decisão. Durante o processo histórico todos os fatos são de fundamental importância, desde o primeiro contato com o fogo, provavelmente sendo visto como um inimigo natural, até os acontecimentos mais recentes, como por exemplo, a queda do muro de Berlim.
No decorrer de todo esse processo, podemos considerar que um dos mais importantes eventos históricos se deu quando da derrubada do positivismo, que vinha a ser um período da história onde o sujeito era tido como neutro, ou seja, não era influenciado pelo meio e nem por nada ao seu redor, momento este onde os fatos só tinham validade se escritos oficialmente, como exemplo deste período temos as narrativas dos grandes feitos heróicos e dos generais. A partir de 1929 com o surgimento da Escola dos Anais, através de novas estratégias, novas propostas, novos métodos e atores sociais, o sujeito deixa de ser neutro e passa a sofrer forte influência do meio social ao qual está inserido, deu-se maior credibilidade as fontes históricas não oficiais como jornais livros didáticos e revistas, e os relatos passaram a ter maior verossimilhança com a realidade, deixando de ser apenas relatos odisséicos de grandes feitos heróicos e retratando os acontecimentos históricos de tal maneira onde todos os atores são importantes.
Durante centenas de milhares de anos a América, e por conseqüência o Brasil e a Amazônia foram desabitados. A partir de determinado período histórico fora iniciado um processo migratório, parte dele motivado pela busca por melhores condições de sobrevivência, deste processo migratório resultou a ocupação do nosso continente. Através de processos arqueológicos e da história oral, muito se tem descoberto ao longo dos anos sobre todo esse longo processo migratório e sobre suas fortes conseqüências até os dias de hoje. No tocante a ocupação no território onde hoje se localiza o Brasil, tem-se vestígios de seres humanos registrados há aproximadamente 11.000 anos, como é o caso do fóssil encontrado em Minas Gerais, e denominado Luzia. Sabe-se ainda, através destes mesmos relatos arqueológicos, orais e escritos, que a ocupação da Amazônia é bem mais antiga que a chegada dos conquistadores europeus. Contrariando todo o mundo desenvolvido daqueles idos dos séculos XV e XVI, aqui já existiam, viviam e conviviam povos com uma complexa grade social, capazes de se organizar em tarefas comuns e de realizar trabalhos complexos. Portanto a arqueologia e a história oral só vêm a confirmar e contribuir para que tais acontecimentos sejam inseridos nos documentos e relatos deste importante período da história.
A grosso modo podemos dizer que todo e qualquer processo histórico por si só já se torna excludente. Sempre existiram e sempre existirão “descobridores e descobertos”, conquistadores e conquistados, colonizadores e colonizados e o que resulta dessa relação nem sempre é bom. Tomemos com base as narrativas históricas que conhecemos sobre o nosso mundo. Durante o processo de primeiro contato entre as civilizações, a saber, a que aqui existia e a que veio da Europa, os nativos também produziram relatos, grande maioria deles orais, sobre suas “expectativas”, por assim dizer, seus medos, e sua admiração frente aos monstros de madeira que andava sobre as águas e frentes aos homens barbados vestidos com roupas estranhas e com armas que pareciam soltar pedacinhos do deus trovão. Porém todos esses relatos de nada adiantavam aos conquistadores europeus já que estes sempre buscaram tão somente riquezas e a exploração. Não obstante ainda encontra-se o fato de os relatos dos primeiros habitantes das terras de além mar não serem “oficias”, e, voltando ao abordado no segundo parágrafo deste escrito, como os escritos daquela época ainda eram voltados ao ser humano como sendo sujeito neutro, ai então mora a assertiva de que todo o material que conhecemos hoje, inclusive nos livros didáticos, sobre o processo de ocupação da América, do Brasil e, por conseguinte, da Amazônia, é retirado dos relatos europeus.
No decorrer de todo esse processo, podemos considerar que um dos mais importantes eventos históricos se deu quando da derrubada do positivismo, que vinha a ser um período da história onde o sujeito era tido como neutro, ou seja, não era influenciado pelo meio e nem por nada ao seu redor, momento este onde os fatos só tinham validade se escritos oficialmente, como exemplo deste período temos as narrativas dos grandes feitos heróicos e dos generais. A partir de 1929 com o surgimento da Escola dos Anais, através de novas estratégias, novas propostas, novos métodos e atores sociais, o sujeito deixa de ser neutro e passa a sofrer forte influência do meio social ao qual está inserido, deu-se maior credibilidade as fontes históricas não oficiais como jornais livros didáticos e revistas, e os relatos passaram a ter maior verossimilhança com a realidade, deixando de ser apenas relatos odisséicos de grandes feitos heróicos e retratando os acontecimentos históricos de tal maneira onde todos os atores são importantes.
Durante centenas de milhares de anos a América, e por conseqüência o Brasil e a Amazônia foram desabitados. A partir de determinado período histórico fora iniciado um processo migratório, parte dele motivado pela busca por melhores condições de sobrevivência, deste processo migratório resultou a ocupação do nosso continente. Através de processos arqueológicos e da história oral, muito se tem descoberto ao longo dos anos sobre todo esse longo processo migratório e sobre suas fortes conseqüências até os dias de hoje. No tocante a ocupação no território onde hoje se localiza o Brasil, tem-se vestígios de seres humanos registrados há aproximadamente 11.000 anos, como é o caso do fóssil encontrado em Minas Gerais, e denominado Luzia. Sabe-se ainda, através destes mesmos relatos arqueológicos, orais e escritos, que a ocupação da Amazônia é bem mais antiga que a chegada dos conquistadores europeus. Contrariando todo o mundo desenvolvido daqueles idos dos séculos XV e XVI, aqui já existiam, viviam e conviviam povos com uma complexa grade social, capazes de se organizar em tarefas comuns e de realizar trabalhos complexos. Portanto a arqueologia e a história oral só vêm a confirmar e contribuir para que tais acontecimentos sejam inseridos nos documentos e relatos deste importante período da história.
A grosso modo podemos dizer que todo e qualquer processo histórico por si só já se torna excludente. Sempre existiram e sempre existirão “descobridores e descobertos”, conquistadores e conquistados, colonizadores e colonizados e o que resulta dessa relação nem sempre é bom. Tomemos com base as narrativas históricas que conhecemos sobre o nosso mundo. Durante o processo de primeiro contato entre as civilizações, a saber, a que aqui existia e a que veio da Europa, os nativos também produziram relatos, grande maioria deles orais, sobre suas “expectativas”, por assim dizer, seus medos, e sua admiração frente aos monstros de madeira que andava sobre as águas e frentes aos homens barbados vestidos com roupas estranhas e com armas que pareciam soltar pedacinhos do deus trovão. Porém todos esses relatos de nada adiantavam aos conquistadores europeus já que estes sempre buscaram tão somente riquezas e a exploração. Não obstante ainda encontra-se o fato de os relatos dos primeiros habitantes das terras de além mar não serem “oficias”, e, voltando ao abordado no segundo parágrafo deste escrito, como os escritos daquela época ainda eram voltados ao ser humano como sendo sujeito neutro, ai então mora a assertiva de que todo o material que conhecemos hoje, inclusive nos livros didáticos, sobre o processo de ocupação da América, do Brasil e, por conseguinte, da Amazônia, é retirado dos relatos europeus.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
PEDAGOGIA INTERCULTURAL INDÍGENA
UEA REINICIA AULAS DO CURSO DE PEDAGOGIA LICENCIATURA INTERCULTURAL INDÍGENA EM GUAJARÁ
Neste dia 11 de Janeiro de 2010, o município de Guajará teve a honra de recomeçar mais uma etapa do Curso de Pedagogia em Licenciatura Intercultural Indígena, que pretende ter como formação básica a Formação de Professores Indígenas e não indígenas, tem no exercício do magistério como campo teórico-investigativo que envolve a participação na organização da gestão dos sistemas educacionais englobando o planejamento de processos escolares, a gestão, a produção e a difusão de conhecimentos, assim como execução de ações pedagógicas específicas de cada uma das modalidades de magistério..
O perfil do profissional graduado se caracteriza pelas funções de:
Docentes para o exercício do magistério indígena da Educação Infantil (formação básica);
Docentes para o exercício do magistério indígena das séries iniciais (1ª a 5ª série) do Ensino Fundamental (formação básica);
Profissionais nas áreas de serviços e apoio às Escolas: com ênfase na Gestão Escolar Indígena e no acompanhamento do trabalho pedagógico, inclusos no currículo de graduação;
Profissionais que dominem outros campos educacionais que exijam conhecimentos pedagógicos aprofundados e diversificados, inclusos no currículo, como: Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação Ambiental, Educação e Saúde Indígena, Educação e Desenvolvimento Sustentável e Tecnologias Educacionais.
A questão indígena se faz muito presente na sociedade nos dias de hoje. Torna-se cada vez mais importante e necessário a criação de ferramentas que estejam voltadas para o desenvolvimento de competências direcionadas ao trabalho com os vários povos e etnias indígenas.
O curso de Pedagogia Indígena vem, exatamente, formar os acadêmicos para que estes possam atuar de maneira incisiva nas comunidades indígenas, afim de construir ferramentas necessárias à obtenção de conhecimentos científicos de tal maneira que estejam sempre caminhando lado a lado com os conhecimentos milenares e tradicionais oriundos dos povos indígenas.
Não obstante à este fato, ainda encontramos a questão da dívida que o estado brasileiro tem com estes povos que sempre foram massacrados e dizimados em nome do tão sonhado progresso, desde os idos de 1.500, no século XVI, até os dias de hoje, quando muitos indígenas são discriminados e massacrados. Como exemplo mais absurdo e mais recente destas atrocidades podemos recordar o fato acontecido na capital federal, Brasília, quando jovens, investidtidos de todo o poder que a sociedade capitalista os proporciona, atearam fogo ao índio Galdino Pataxó, causando indignação ao país.
Diante disto somos levados a crer que cursos universitários como este se tornam cada vez mais importantes, não só em instituições do norte do país, como a UEA e a UFAC, mais em toda a gama de instituições de ensino que estão espalhadas por todo o território nacional.
Leandro Rogério
Tecnólogo em Adm. de Empresas
Acadêmico do Curso de Pedagogia Intercultural Indígena
Neste dia 11 de Janeiro de 2010, o município de Guajará teve a honra de recomeçar mais uma etapa do Curso de Pedagogia em Licenciatura Intercultural Indígena, que pretende ter como formação básica a Formação de Professores Indígenas e não indígenas, tem no exercício do magistério como campo teórico-investigativo que envolve a participação na organização da gestão dos sistemas educacionais englobando o planejamento de processos escolares, a gestão, a produção e a difusão de conhecimentos, assim como execução de ações pedagógicas específicas de cada uma das modalidades de magistério..
O perfil do profissional graduado se caracteriza pelas funções de:
Docentes para o exercício do magistério indígena da Educação Infantil (formação básica);
Docentes para o exercício do magistério indígena das séries iniciais (1ª a 5ª série) do Ensino Fundamental (formação básica);
Profissionais nas áreas de serviços e apoio às Escolas: com ênfase na Gestão Escolar Indígena e no acompanhamento do trabalho pedagógico, inclusos no currículo de graduação;
Profissionais que dominem outros campos educacionais que exijam conhecimentos pedagógicos aprofundados e diversificados, inclusos no currículo, como: Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação Ambiental, Educação e Saúde Indígena, Educação e Desenvolvimento Sustentável e Tecnologias Educacionais.
A questão indígena se faz muito presente na sociedade nos dias de hoje. Torna-se cada vez mais importante e necessário a criação de ferramentas que estejam voltadas para o desenvolvimento de competências direcionadas ao trabalho com os vários povos e etnias indígenas.
O curso de Pedagogia Indígena vem, exatamente, formar os acadêmicos para que estes possam atuar de maneira incisiva nas comunidades indígenas, afim de construir ferramentas necessárias à obtenção de conhecimentos científicos de tal maneira que estejam sempre caminhando lado a lado com os conhecimentos milenares e tradicionais oriundos dos povos indígenas.
Não obstante à este fato, ainda encontramos a questão da dívida que o estado brasileiro tem com estes povos que sempre foram massacrados e dizimados em nome do tão sonhado progresso, desde os idos de 1.500, no século XVI, até os dias de hoje, quando muitos indígenas são discriminados e massacrados. Como exemplo mais absurdo e mais recente destas atrocidades podemos recordar o fato acontecido na capital federal, Brasília, quando jovens, investidtidos de todo o poder que a sociedade capitalista os proporciona, atearam fogo ao índio Galdino Pataxó, causando indignação ao país.
Diante disto somos levados a crer que cursos universitários como este se tornam cada vez mais importantes, não só em instituições do norte do país, como a UEA e a UFAC, mais em toda a gama de instituições de ensino que estão espalhadas por todo o território nacional.
Leandro Rogério
Tecnólogo em Adm. de Empresas
Acadêmico do Curso de Pedagogia Intercultural Indígena
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