sexta-feira, 29 de abril de 2011

“E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE...COM PASSOS DE CORRIDA E SEM VONTADE...” ASSIM é...E TUDO ACONTECE AQUI!!!

Mais uma vez se confirma a teoria que Guajará é sim uma cidade sem Lei. Ops!...diga-se, sem justiça! Exemplo disso aconteceu ontem quando 2 pessoas acusadas pelo promotor, reiterado pelos fatos, depoimentos das vítimas e sua própria confissão, levaram os ilustres jurados a absolver um dos acusados que tinha confessado seu próprio crime.
Neste caso.... Ilustres Jurados..., o município de Guajará entende que somente um soco com pequenas escoriações (eu disse: pequenas escoriações) ou uma morte, como foi no caso do vereador Rob, é motivo de condenação. Sendo que uma furada (lesão perfuro-cortante, palavras da perícia) grande ou profunda que impossibilite a vítima de continuar exercendo seus movimentos e suas atividades do dia-a-dia, seja ela em que esfera for, não é motivo para condenação! Pois muito bem! Pelo que ficou explícito, em Guajará, hoje, é preferível dar uma facada que um murro! Ora! Condena-se a prisão por um murro e absolve-se por furar com faca duas pessoas, causando lesões muito graves! Vai entender esse mundo!!! Por isso diz-se, SEM JUSTIÇA! Ou pelo menos sem a VERDADEIRA JUSTIÇA.
Devo ressaltar aqui que o objetivo do promotor que representa a defensoria pública é analisar se os fatos e depoimentos são verdadeiros e constando isto, o promotor tem o direito, e o dever, de pedir a absolvição ou condenação dos acusados.
Como pudemos ver e ouvir ontem, ele fez exatamente isso. Já os nobres jurados, do alto de sua sabedoria, e o que é pior, representando o povo de Guajará, resolvem absolver 1 dos criminosos, réu confesso. Pelo visto, o que o presepeiro, pilantra e outras coisinhas mais... do advogado de defesa balbuciou surtiu efeito... Já que foi entendido e aceito pelos jurados que sua atitude foi extremamente em legítima defesa, sendo que o próprio promotor pediu a condenação baseado na verdadeira confissão do próprio acusado, nos fatos concretos e nos depoimentos que seriam suficientes para incriminá-los. Mas vocês senhores jurados “representante do povo” com a sabedoria e conhecimento e diante da própria confissão do acusado, resolvem absolver este indivíduo.
Agora eu pergunto: Os advogados foram bons demais? Ou existem mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia? Só sei que vocês não souberam discernir o verdadeiro, a quantidade e a qualidade dos fatos, depoimentos até a confissão do acusado, material suficiente para a condenação do assassino.
Como bem dizem nossos pais, SÓ SE LASCA QUEM MORRE! Mais ainda acredito naquela justiça que nunca falha, a justiça de Deus!!
Bem jurados o que nós Guajaraenses podemos pensar?!!!
Indignados,
Corrita com a colaboração de Leandro Rogério

sábado, 29 de janeiro de 2011

E quando se perde um grande amigo...

Caros amigos, desculpem por ter ficado sumido...Muita coisa aconteceu...O Flamengo agora é hexa rsrsrsrs.
Mais coisas ruins e tristes também aconteceram. Me refiro ao assassinato de meu grande e inestimável amigo ROB KLER.
Aqui disponibilizo algumas linhas que me pediram pra escrever e falar na missa de sétimo dia dele... Saudades amigo...


Boa noite a todos os presentes!
Quando se perde um amigo, vemos como não tínhamos tempo para o que importa.
Torna-se muito difícil este momento e o que aqui agora faremos, não pelo simples ato de falar, mais sim pela dificuldade que as palavras aqui a serem ditas, têm em sair da nossa boca.
Amigos, existem coisas que acontecem independentes de nossa vontade. Mas quando temos uma missão para realizar, devemos aceitá-la, pois faz parte dos desígnios de Deus.
O livro do Eclesiástico, capitulo 6, versículos 14 ao 16, afirma que: “Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro. Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável. Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão”.
Durante trinta e quatro anos, fomos agraciados com uma presença importantíssima em nosso meio. E somos gratos por isso. Alguém que esteve conosco nas melhores e nas piores horas, nas realizações mais simples e nos grandes momentos da vida de cada um de seus amigos e familiares e até para alguns que apenas sofriam com as dificuldades da vida. Alguém a quem chamávamos Rob Kler.
Lembro-me que para nós, muitos dos quais aqui estão presentes, Maria Vieira, Idalécio, Amarílio, Natym, Carlinhos, seu irmão Samott, e eu, dentre muitos outros aos quais aqui deixo os agradecimentos, tudo começou nesta mesma Igreja lá pelo ano de 1993, ainda na Pastoral da Juventude. Lutas, vitórias, derrotas, quedas... Mais sempre juntos, sempre unidos e sempre na luta por um mundo mais justo.
Os caminhos foram se tornando cada vez mais árduos e difíceis, os desafios aumentaram, novos horizontes se abriram, outros vôos precisaram ser alçados e, com a ajuda da Irmã Lurdes sua contribuição passou a ser dada em favor, novamente dos menos favorecidos, desta vez na Comissão Pastoral da Terra, lá pelo ano de 1996.
Sempre com a dureza de quem traça objetivos para o bem comum, mais também com a serenidade de quem sempre soube que nunca se chega a nenhum lugar sozinho, fez-se reunir novamente os amigos inseparáveis para realizar um marco na história política de Guajará, fundou então o PT. Muitas lutas foram travadas, algumas batalhas perdidas, mas conseguiu chegar ao lugar onde ele achava que poderia começar a “mudar o mundo” e, no ano de 2004 foi eleito vereador. Dizendo ser o trem de ferro, brincadeira que para muitos se tornou motivo de chacota, porém todos os amigos sabiam de sua humanidade.
Humanidade esta que pôde ser comprovada desde esta época, e todos aqui devem conhecer, quando se tornou ainda mais defensor da causa dos menos favorecidos. Casas, remédios, canoas, motores, dias de serra, prisão, tiros, angústia, crise de identidade, duas disputas eleitorais depois e chegou o momento maior de contradição na vida do nosso amigo, utilizando palavras dele mesmo, O MOMENTO EM QUE A FILOSOFIA SE ENCONTRA COM A PRÁTICA, o momento em que começou a descobrir que nem sempre é tão fácil assim mudar o mundo.
E, quantas vezes dissemos a ele que para mudar o mundo seria necessário primeiramente mudar o homem, assim já dizia a parábola. Começou então sua última e talvez mais importante jornada, seu trabalho com jovens em situação de risco que moravam nas proximidades de sua residência, justamente numa das áreas mais pobres do município.
Vejam quão grande não foi nossa surpresa e nossa dor. Na madrugada do dia 01 de janeiro de 2011 todo esse sonho sofreu um duro golpe. Sua vida foi ceifada, tomada exatamente por quem mais ajudou a defender, o SER HUMANO, o HOMEM, seu semelhante.
O sonho parecia ter acabado! Mais gostaríamos de dizer:... AMIGO, onde quer que você esteja, saiba que nunca te esqueceremos e que seus sonhos, nossos sonhos continuarão conosco e nada, nem ninguém nesse mundo vai mudar o que sentimos por você AMIGO... SAIU DA VIDA PRA ENTRAR NA HISTÓRIA... Adeus, até logo, tchau...